Resenha Para Que Eu Te Quero #2

terça-feira, 5 de junho de 2012






12 Homens e uma Sentença (1957)


Onze jurados estão convencidos que o réu é culpado por assassinato. O décimo segundo não tem dúvida sobre sua inocência. Henry Fonda faz o papel de Mr. Davis, o único que acredita na inocência do garoto. A história gira em torno de um julgamento, no qual um jovem porto-riquenho é acusado de ter matado o próprio pai.

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Esse filme além de ser um clássico é um dos meus preferidos. O filme começa em uma sala de um tribunal onde se anuncia que o júri, composto por 12 homens, se reunirá para decidir a sentença do réu. A partir daí os cenários da história se resumem a uma sala (onde o júri está reunido) e um banheiro.

O réu, um rapaz latino que já não tem lá uma ficha muito boa, é acusado de matar o pai esfaqueado. A pena, caso ele seja considerado culpado, é a de morte. Por esse motivo, a decisão do júri tem que ser unânime.

Quando 11 jurados votam "culpado" e apenas o jurado 8 (Henry Fonda) vota "não culpado" um grande mal estar se forma entre o grupo. A verdade é que apenas o jurado 8 (eles não possuem nomes no filme, só números) está preocupado com a decisão a respeito da morte de uma pessoa tão jovem, baseada em provas circunstanciais.

O filme dá aquela sensação de ocorrer em tempo real. Para reforçar o desconforto do grupo, o ar condicionado quebra e eles estão em uma sala sem ventilação. Mais um motivo para a maior parte do grupo querer tomar a decisão de maneira mais rápida (e irresponsável) possível.

O mais interessante é que a partir da argumentação e persuasão do jurado 8, os votos vão sendo mudados. O tempo todo eu me perguntava "mas eles não viram isso durante o julgamento?". Aliás, o fato de não vermos o julgamento faz com que, de alguma maneira, nós o vejamos sob 12 perspectivas diferentes. Os questionamentos do jurado 8 são tão simples, que parece que esse é o motivo de ninguém ter se questionado anteriormente. Um detalhe importante, é que em nenhum momento o jurado 8 defendeu a inocência do réu, apenas questionou durante todo o filme sobre a certeza da culpa dele. O grande questionamento do filme: "devemos mandar para a morte alguém que não temos certeza ser culpado?".

Além disso, o filme chama atenção para um ponto importante: o perigo que representa o julgamento. Nesse caso, cada jurado estava usando sua vida, suas emoções e o seu preconceito naquela tomada de decisão. E não seria assim em tudo o que fazemos na vida? Não nos deixamos levar pelas nossas experiências (positivas e negativas), emoções e pelos nossos preconceitos, muito mais do que pelos fatos em si, para julgar os outros?

Recomendadíssimo por ter o poder de prender nossa atenção do início ao fim e de nos fazer refletir sobre o comportamento humano.



4 comentários:

  1. Naty disse...:

    Adorei, Dea.
    Fiquei com muita vontade de ver.

  1. Vania disse...:

    Amei...
    Vou ter que ver esse filme agora.

  1. Anônimo disse...:

    Como sempre perfeito..... vou assistir o filme....

  1. Vanessa Meiser disse...:

    Oinnn meu Deus, um filme de 1957! Isso é a minha cara, com certeza vou procurar na net pra baixar e assistir logo, eu sou louca por filmes antigos e ainda mais se for preto e branco!!!!

    Vanessa - Balaio

    http://balaiodelivros.blogspot.com/

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